A Neoenergia investiu R$ 3,1 bilhões no segmento de renováveis em 2021. Esse valor representa um aumento de 246%  em relação a 2020. Os novos ativos impulsionaram a geração eólica para 758 GWh no quarto trimestre, crescendo 35,35% na comparação anual. Já a produção total atingiu 2.313 GWh no ano passado, 23,16% acima do período anterior.

Um dos destaques foi a conclusão antecipada do complexo eólico Chafariz (PB), hoje o maior da empresa em operação, totalizando os 471 MW de capacidade instalada. São 15 parques localizados em uma região onde a companhia opera ainda a linha de transmissão de Santa Luzia e está construindo uma planta solar. O primeiro parque teve a operação iniciada em julho de 2021, com a empresa tendo avançado com as obras e a montagem das turbinas, iniciando a operação de 135 aerogeradores.

Do montante aplicado R$ 2,8 bilhões foram destinados a fonte eólica, fechando o ano com 32 parques eólicos em operação e potência instalada de 987 MW, quase o dobro em relação ao início do ano, quando registrava 516 MW. Ao final de 2022, com a entrega do projeto Oitis, em construção entre o Piauí e a Bahia, o portfólio de ativos eólicos totalizará 1,6 GW e 90% da capacidade instalada em renováveis.

Em Oitis foi iniciada em dezembro a montagem das primeiras unidades que irão produzir energia nos 12 parques do empreendimento, que se tornará o maior da empresa no país, com 566,5 MW divididos entre 103 turbinas.

Os novos ativos também refletem a estratégia de posicionamento da subsidiária da Iberdrola no Brasil para liberalização do mercado de energia, com 51% dos projetos já destinados ao Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e 49% ao Ambiente de Contratação Livre (ACL). Em Oitis, 96% da energia será destinada ao mercado livre.

Termopernambuco

Com relação a geração térmica, a usina Termopernambuco (PE) subiu sua produção em 33,92% em relação a 2020, chegando a 3.194 GWh. A UTE também foi uma das vencedoras do Leilão de Reserva de Capacidade, realizado em dezembro de 2021, vendendo toda sua capacidade disponível de 498 MW por 15 anos e ao preço da potência R$ 487.412,70 MW ao ano, com início de fornecimento em 1º de julho de 2026 e assegurando a receita fixa de potência de R$ 207 milhões por ano.